10 de outubro de 2011

parentes-is

atiro-me aos dias porque sonho (incessante-mente):
sonho que se a minha mão esquerda estiver a flutuar enquanto conduzo, alguém há-de agarrá-la e essa pessoa vai mudar a minha vida.
sonho que se eu for sempre verdadeira com o mundo o mundo será sempre verdadeiro para mim.
sonho que quando se cruzar comigo a pessoa que mais me comprende no planeta Terra eu saberei (por isso preciso de correr o mundo inteiro).
por falar nisso, sonho também que os homens e as mulheres, um dia, se compreenderão uns aos outros.
sonho que se chamar uma pessoa com o pensamento ela ouve e, se gostar de mim, vem (funciona).
sonho que a escrita não está escrita, que é o que somos cá dentro, livre e infinita (eterna adolescente)
sonho tudo e todos, isto e bem mais,
e questiono-me se alguém um dia me sonhou,
mas não vou por aí sequer
já que questionar, questiono o universo.

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