8 de outubro de 2011

quando o tempo deixa de saber quanto tempo tem

escrever é fazer parar o tempo, ou contá-lo em notas de prazer, mas há tempos que não esperam por nós. há tempos que nos correm pelos olhos, pelos lábios e, como as sensações, nos fogem pelos dedos. fica a memória deste cadente fugidio, que sobe o rio e quase se deixa apanhar... mas até a memória é sensação neste mundo que somos nós, ela sempre ganha as formas do corpo que usa. como um leve vestido que desce pelas horas abaixo.

quando as coisas ficam assim claras é melhor parar.

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