23 de setembro de 2012

sta apolónia

Era uma estação de comboios em Sta. Apolónia.
Era maior que os homens e, talvez por isso, a humanidade deixou de conseguir entrar.
Ganhou teias de aranha nas saídas.
Perdeu a energia, outrora renovável.
Quis ser maior construindo paredes de areia nos olhos.
Consequentemente fechou-se algumas viagens.
Aquilo ficou um sahara entre linhas tentativa-de-direitas.
Perderam-se alguns comboios.
Acima de t
udo pessoas.
Ganharam-se silêncios daqueles-lâmina. (desconhecia-los)
Acima de tudo humidade que apodrece os alicerces.
Já a humildade ficou com os comboios perdidos.
(Ouvi dizer que há um cemitério por cá, não só em Uyuni.)
Era uma estação antes brilhante, hoje indiferente.
Às pequenas se fez equivalente.
Viu-se nos vidros, decadente.
Deixou de brincar às escondidas: era já transparente.

Fechou para obras para nunca mais abrir.

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