20 de setembro de 2012

da locura(,) às voltas

que louco seria tentar esquecer-te pelos momentos. não os tivemos, temos eternidade.
que louco seria tentar (vi)ver-te, já que o faço sempre que acordo, sempre que me deito, sempre que olho.
que louco seria procurar-te hoje. os riachos que parimos transbordaram os caminhos de volta.
que louco seria procurar-te no futuro. nunca te vi depois, só aqui, só agora.

mas anos passaram


talvez seja eu 

que não perceba de tempos.
nem de mapas.
nem de graduações.
de mim, é certo.

mas de ti percebo e da nossa loucura 

que tão bem nos une quanto separa, 
mas não junta, nem afasta.

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